terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Primeiro carro voador com produção em série é colocado à venda

© Fornecido por F.A. Trindade Comunicaçao ME PAL-V LIberty Sport
A era dos carros voadores começou. Não por conta dos muitos protótipos de que temos notícia por aí, mas sim por conta do início das vendas do primeiro deles, o PAL-V Liberty Sport. O modelo, fabricado pela PAL-V (Personal Air Land Vehicle), começou a ser vendido nesta segunda (13) por preços que vão de US$ 399 mil (algo em torno de R$ 1,244 milhão) a US$ 599 mil (cerca de R$ 1,87 milhão), para a versão inaugural, chamada de Pioneer Edition. Ela terá apenas 90 unidades produzidas e é, desde já, item de colecionador.
O PAL-V Liberty Sport é basicamente um girocóptero desmontável que pode rodar por ruas e estradas. No modo automóvel, ele tem 4 m de comprimento, 2 m de largura e 1,70 m de altura. O entre-eixos não é divulgado, provavelmente porque ele importa pouco na oferta de espaço: o PAL-V Liberty Sport leva apenas duas pessoas. Em terra, o carro voador chega a 160 km/h e vai de 0 a 100 km/h em menos de 9 s. Pesando apenas 664 kg sem passageiros e com um tanque de 100 litros, ele pode chegar a 1.315 km de autonomia e roda com gasolina de 95 octanas, 98 octanas ou Avgas.
© Fornecido por F.A. Trindade Comunicaçao ME pal-v_liberty_sport_4
No modo girocóptero, ele fica com 6,10 m de comprimento, 2 m de largura e 3,20 m de altura. As pás da hélice superior, abertas, têm um diâmetro de 10,75 m. Sua velocidade máxima no ar é de 180 km/h, com uma velocidade de cruzeiro de 140 km/h. Com uma pessoa só a bordo (e uma carga útil de 246 kg), ele pode percorrer 500 km. Com duas, a autonomia fica em 400 km. Sua altitude máxima de operação é 3.500 m.
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O PAL-V Liberty Sport tem dois motores Rotax de 100 hp que movem exatamente as mesmas partes (em voo) e trabalham com um esquema de redundância. Se um dos dois falhar, o outro ainda consegue levar o girocóptero em segurança até o solo. A marca não informa, mas o motor responsável por mover o carro no asfalto (apenas um deles, mesmo) deve impulsionar as rodas de trás do veículo, deixando a dianteira apenas com a tarefa de esterçar. Para ter mais estabilidade, o PAL-V inclina nas curvas, assim como o Carver One, modelo com o qual o Liberty Sport também compartilha a nacionalidade holandesa.
O modelo atual é bem diferente do protótipo que foi testado no vídeo acima, também visível na foto abaixo.
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Quem quiser reservar o seu terá de ter carteira de motorista e brevê para girocóptero. A empresa promete devolver o dinheiro dos clientes de países em que o Liberty Sport não for homologado para ambas as utilizações, mas parece confiante de que ele atenderá às normas da maioria dos países. Tanto que diz que reservas firmes só podem ser feitas por depósitos não-reembolsáveis em caso de desistência. Sorte àqueles que confiarem que a PAL-V vai realmente entregar seu carro voador em 2018. Talvez ela não seja necessária, mas é preciso ter um bocado de confiança na idoneidade da empresa para aceitar as condições que ela coloca.

Estudo revela quanto tempo levou o 'parto' do Sistema Solar

Estudo revela quanto tempo durou o ‘parto’ do sistema solar
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Tudo começou há 13,8 bilhões de anos, no Big Bang. A explosão que deu origem ao universo soltou muito gás — e só isso. Essa matéria toda logo começou a se organizar, e assim surgiram galáxias como a sua, a Via Láctea. Mas ela não veio de fábrica com o Sol e a Terra já no devido lugar.
Há  4,6 bilhões de anos, muito depois do Big Bang, tudo em que você poderá pôr as mãos na vida, de suas roupas à superfície de Marte, ainda era apenas uma nuvem de poeira e gás hidrogênio muito, muito grande. Nela já estavam contidos os átomos que formariam eu, você e todo o Sistema Solar.
A palavra “nuvem”, tão leve, não dá uma noção exata da quantidade de gás que estava em jogo: era tanta massa que toda essa matéria, antes difusa, entrou em colapso por causa da própria gravidade. Primeiro a mistura cósmica foi achatada, como uma pizza ou um LP. Então esse disco girou, e seu centro se aqueceu tanto e acumulou tanto gás que deu à luz o Sol. Da matéria prima que sobrou saíram os oito planetas conhecidos e milhares de outros pequenos astros.
Não foi um parto fácil: entre o colapso da nuvem lá no começo e o momento em que Júpiter e Saturno engordaram o suficiente para garantir o equilíbrio gravitacional do Sistema Solar — momento em que nosso endereço cósmico ficou com a carinha que conhecemos hoje — 4 milhões de anos haviam se passado. Foi essa a descoberta de um artigo científico publicado semana passada na Science , que contou com a participação da pesquisadora brasileira Maria Zucolotto, do Museu Nacional, no Rio de Janeiro.
Sem dúvida é um parto longo para os padrões de um mamífero. Mas, para os padrões da cosmologia,  o Sistema Solar não poderia estar mais dentro da média: a observação de nebulosas da nossa vizinhança indica que a formação de um sistema estelar leva entre 2 milhões e 6 milhões de anos.
A chave para a descoberta está em rochas muito, muito antigas chamadas “angrites” em inglês — uma referência à cidade de Angra dos Reis (RJ), onde foi encontrado, em 1896, um meteorito cheio delas. Elas são rochas basálticas, ou seja: lava resfriada. A diferença é que a lava em questão se cristalizou há 4,55 bilhões de anos, um piscar de olhos depois da formação do Sistema Solar.
Além da mera idade, as angritas são ótimas para a ciência por outro motivo: elas são cheias de urânio, que é um ótimo relógio biológico. Com o tempo, o metal radioativo decai e vira chumbo, e a química sabe exatamente qual é esse tempo — o que dá uma estimativa muito boa da idade delas.
Com um dado cronológico tão preciso em mãos, os cientistas então analisaram a intensidade do campo magnético a que foram submetidas essas rochas anciãs em vários períodos da formação do Sistema Solar. Angritas que estiveram imersas em gás — um indicador de que a nuvem de formação de astros ainda estava lá — denunciaram campos magnéticos de 5 a 50 teslas. Já angritas mais jovens, com 4,563 bilhões de anos ou menos, não flutuaram na nuvem, encarando apenas 0,6 tesla. Sinal de que, naquela altura, o Sistema Solar já tinha saído do forno.

http://www.msn.com/pt-br/noticias/ciencia-e-tecnologia/estudo-revela-quanto-tempo-levou-o-parto-do-sistema-solar/ar-AAmTLQ6?li=AA523q&ocid=spartandhp

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

NASA divulga imagem do polo sul de Júpiter



© Fornecido por New adVentures, Lda.

Esta imagem de cor aprimorada do polo sul de Júpiter e sua atmosfera de turbilhão foi criada pelo cientista Roman Tkachenko, que usou dados da câmera da nave espacial Juno, da NASA.Juno capturou a imagem olhando diretamente para o pólo sul do planeta, em 02 de fevereiro de 2017, de uma altitude de cerca de 63.400 milhas (102.100 quilômetros) acima das nuvens de Júpiter. É possível ver ciclones em redemoinho em torno do pólo sul e tempestades ovais brancas perto da borda aparente do planeta.
Juno faz parte do Programa de Novas Fronteiras da NASA, que é administrado no Centro de Vôo Espacial Marshall da NASA, em Huntsville, no Alabama, para a Divisão de Ciência da agência espacial.

http://www.msn.com/pt-br/noticias/ciencia-e-tecnologia/nasa-divulga-imagem-do-polo-sul-de-j%C3%BApiter-confira/ar-AAmN45M?li=AA523q&ocid=spartandhp

A tentativa dos japoneses de limpar o lixo espacial fracassou

Uma missão experimental japonesa para remover lixo espacial de órbita acabou sendo um fracasso. É um revés frustrante, dada a ascensão dos riscos colocadas por quase dois milhões de pedaços de lixo que rondam o nosso planeta.

Os cientistas da Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (JAXA) estavam tentando testar um sistema experimental onde um longo cabo seria utilizado a partir do satélite Kounotori 6 e direcionado para uma porção de detrito espacial. Quando conseguisse se conectar, a corda iria abrandar o objeto e o forçaria a entrar novamente na atmosfera da Terra, onda iria queimar. O teste do novo sistema teve um início difícil quando planejadores da missão não conseguiram nem mesmo implantar o cabo.

A necessidade para um sistema de remoção de lixo espacial está começando a se tornar urgente, então o fracasso não é um revés apenas para a JAXA, como também para a comunidade global. Existem cerca de 20.000 pedaços de resíduos registrados em órbita atualmente. Mas há, potencialmente, milhões (sim, milhões) de pedaços menores girando em torno do nosso planeta. Esses objetos incluem de tudo, desde ferramentas descartadas a restos de motores de foguetes, até líquido de refrigeração congelado de satélites movidos à energia nuclear. Se houver uma colisão em alta velocidade, esses pequenos pedaços de lixo espacial representam um perigo para os equipamentos e para a vida humana.

Existe também o risco da Síndrome de Kessler – uma reação em cadeia desenfreada de colisões. Como retratado no filme Gravidade, uma nuvem resultante de detritos pode crescer rapidamente, destruindo objetos em seu caminho. Um evento de Kessler tem o potencial para destruir uma porção significativa dos nossos satélites.
Diversas ideias foram propostas na tentativa de limpar essa bagunça, incluindo balões que desacelerassem os objetos, satélites kamikazes, velas solares para puxar objetos para fora da órbita, e – como o último teste da JAXA – um cabo eletrodinâmico para empurrar objetos para a atmosfera superior.

De acordo com o plano proposto, o satélite Kounotori deveria desenrolar um cabo de 700 metros feito de arame fino, aço inoxidável e alumínio. A ponta dessa corda, equipada com uma massa final pensando 22 quilos, iria se conectar com um pedaço do lixo espacial. A posição do cabo em relação ao objeto poderia ser alterada pelo uso da força que é gerada por uma corrente elétrica e do campo magnético da Terra. Uma vez que a conexão entre os dois fosse feita, o detrito seria desacelerado e guiado para entrar na atmosfera e então ser destruído.

O equipamento foi lançado para a Estação Espacial Internacional em dezembro e deveria ser instalado no satélite. Dessa forma, tanto o Kounotori 6 e o lixo espacial iriam queimar.
Pelo menos esse era o plano. Depois de dias tentando obter o cabo para a instalação, os planejadores da missão precisaram desistir. Os cientistas da JAXA tinham apenas uma semana para fazer o trabalho, e ficaram sem tempo. Nesta manhã, Kounotori 6 entrou novamente na atmosfera da Terra, sem nenhum lixo espacial com ele.

“Acreditamos que o cabo não foi instalado”, disse o pesquisador líder, Koichi Inoue, numa coletiva de imprensa. “É decepcionante terminarmos a missão sem finalizarmos um dos objetivos principais”.
Embora seja decepcionante, não é o fim do mundo. A tentativa japonesa, mesmo falhando, é um sinal das coisas que estão por vir. Dado os riscos envolvidos – e a quantidade crescente de resíduos aparecendo no espaço – temos poucas escolhas, a não ser descobrir uma solução viável.
[AFP via The Guardian]
Imagem do topo: Conceito artístico de como o sistema da JAXA deveria funcionar. Crédito: JAXA

http://gizmodo.uol.com.br/sistema-lixo-espacial-jaxa/

Temos uma má notícia para quem torcia para o Proxima b ser um planeta habitável


© Reprodução
Temos más notícias para aqueles que pretendiam fugir desse planeta para um bem longe daqui. De acordo com uma nova pesquisa da NASA, os planetas na zona habitável dos sistemas de estrelas anãs vermelhas — incluindo o tão propagandeado exoplaneta Proxima B — possivelmente perdem oxigênio demais para possibilitar a água no estado líquido e, portanto, a vida.

Tradicionalmente, cientistas já tentaram determinar zonas habitáveis baseados na quantidade de calor e luz que sua estrela anfitriã emana. Mas essa nova pesquisa leva em conta erupções estelares e a taxa de perda de oxigênio atmosférico para construir um panorama mais refinado de onde podem estar planetas similares à Terra em um sistema de estrelas.

A equipe desenvolveu um modelo para investigar como os raios X de alta energia e as emissões ultravioleta expelidas por anãs vermelhas faziam o oxigênio de atmosferas de planetas de zonas habitáveis escapar para o espaço. Essa “erosão atmosférica” pode trazer más notícias para os fãs do Proxima b, exoplaneta localizado no sistema de estrelas anãs vermelhas Proxima Centauri, a menos de cinco anos luz de distância. As novas descobertas dos pesquisadores foram publicadas em 6 de fevereiro, no Astrophysical Journal Letters.

“Quanto mais raio X e energia ultravioleta extrema, mais elétrons são gerados e mais forte o efeito de escape de íons se torna”, disse Alex Glocer, astrofísico do laboratório Goddard, da NASA, e coautor do estudo, em comunicado à imprensa. “Esse efeito é muito sensível à quantidade de energia que a estrela emite, o que significa que deve ter um papel forte em determinar o que é ou não é um planeta habitável.”

A equipe calculou a taxa de oxigênio atmosférico perdido ao considerar a idade da estrela anã vermelha e sua distância do planeta em questão. O Proxima b, por exemplo, orbita sua estrela 20 vezes mais próximo do que a Terra orbita o Sol. Por sua órbita apertada em torno da Proxima Centauri, os pesquisadores estimaram que o planeta é atingido por tempestades estelares de “descascar” a atmosfera a cada duas horas. Baseado em suposições sobre o tamanho e a composição do Proxima b, seu oxigênio terá desaparecido em cerca de dez milhões de anos.

Resumindo, as coisas não parecem boa para a vida no Proxima b — ou outros planetas ao redor das estrelas anãs vermelhas, que são as estrelas mais encontradas na galáxias. Entre 20 a 30 das estrelas mais próximas de nosso sistema solar são anãs vermelhas.


Reprodutor de vídeo de: YouTube (Política de Privacidade)


Talvez essa pesquisa simplesmente confirme o quão especiais nós somos.

“Neste estudo, os resultados são pessimistas para os planetas em volta das jovens anãs vermelhas, mas também temos um entendimento melhor de quais estrelas têm boas perspectivas de habitabilidade”, disse Vladimir Airapetian, autor principal do estudo. “Conforme aprendemos mais sobre do que precisamos de uma estrela anfitriã, parece que, cada vez mais, nosso Sol é uma dessas estrelas perfeitas, para que tenha possibilitado a vida na Terra.”

Para aqueles que ainda querem acreditar (*levantando a mão*), ainda há esperança. Afinal, esse é apenas um estudo de modelagem — em alguns anos, enfim teremos nossos primeiros dados concretos sobre a atmosfera do Proxima b, por meio dos estudos do telescópio James Webb e outros. E talvez, um dia, a nave interestelar de Stephen Hawking e daquele bilionário russo nos surpreenda com a confirmação de que o Proxima b é tranquilo. Cruzemos os dedos.

Link: http://www.msn.com/pt-br/noticias/ciencia-e-tecnologia/temos-uma-m%C3%A1-not%C3%ADcia-para-quem-torcia-para-o-proxima-b-ser-um-planeta-habit%C3%A1vel/ar-AAmMRBy?li=AA523q&ocid=spartandhp